- Por iSulbra em 25 de Agosto de 2020
Periodização do Treinamento Físico Parte 1
Eis um ponto que muitos têm dúvida... a Periodização, ?ato de periodizar?, ou seja, dividir em períodos.
É dessa forma que se traduz o termo pensando em definição de termo. Mas por que periodizar se torna tão ?difícil? para a maioria dos profissionais?
Eu tenho uma ideia sobre isso, o fato de que a formação dos profissionais passa a ser incompleta na maioria das vezes. Eu sempre escuto coisas como: ?gosto de fisiologia do exercício, mas Cinesiologia nossa, não quero nem para remédio?, ?avaliação não é meu forte, gosto mesmo é da prática?. Essas frases mostram que a periodização dificilmente será majestosa ou compreendida na totalidade, ela depende claramente de todas as áreas que cercam a educação física. Fica muito complicado entender periodização sem entender fisiologia humana/bioquímica, fica muito complicado entender periodização sem entender avaliação e reavaliação.
Muita gente nem sabe que as primeiras menções sobre periodização são da antiga Grécia, algo conhecido como ?tetra?, modelo simples de periodização que consista em 1 estímulo médio (50%), um alto (100%), um leve (25%) e outro entre o médio e o alto (85%). Dessa maneira que, por muito tempo, foram treinados soldados e atletas fisicamente. Com a chegada de pensadores mais contemporâneos e já baseados em observações fisiológicas mais apuradas que se criou o modelo mais especificado de periodização.
A maioria dos profissionais de hoje associam a periodização ao nome de Lev Pavlovitch Matveev, o que não está errado, ele foi um dos grandes responsáveis pela implementação do modelo de periodização que conhecemos hoje. Entretanto, antes dele tivemos os precursores da reinvenção da periodização antiga. Nomes como Kraevki (1902), Tausmev (1902), Olshanik (1905), Skotar (1906), Shtliest (1908) e Murphy (1913) contribuíram para o aparecimento da periodização do treinamento. Murphy e Kotov (1900-1920) sistematizaram os conteúdos de treino em fases, de modo a permitir uma evolução progressiva da condição física dos atletas.
Kotov trouxe a concepção de treinamento em 3 fases: Geral (desenvolvimento do sistema cardiovascular e respiratório), Preparatória (desenvolvimento da força e resistência muscular) e especial (preparação para uma modalidade especifica). Esse modelo traz a percepção da importância do volume de treinamento.
Continua em outro post...
Deixe seu Comentário